terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A Queda

E mais uma vez eu caí. E mais uma vez cedi a ti, ó Satã. Cedi a ti Legião, conseguiu de mim roubar as energias. Conseguiu tornar me animal. Conseguiu escravizar me aos meus vícios.

E de novo caí. Como Jesus que caiu três vezes levando a cruz. De novo fui dominado pelos meus pensamentos. Vencido por meus instintos. Perdoai-me meu Pai, pois eu pequei.

Mas saiba Satã, que leve o tempo que levar, eu não lhe cedo a vitória dessa guerra. Venha o tempo que vier, não ficarei caído nunca, não desistirei de lutar até que tu não me convenças com tuas tentações. "O que não nos mata nos torna mais forte.".

À batalha! A batalha! À batalha!

Paz Inverencial.

Procura-se

Procuro alguém que me entenda. Procuro alguém que queira estar ao meu lado. Alguém que esteja ao meu lado não porque tenho inteligência, não porque sou elegante. E sim porque simplesmente quer estar ao meu lado. Procuro alguém que levantaria às 4:00 somente para que dêssemos uma volta, somente para que vissemos nossas faces. As palavras trocadas não passariam de um simples "bom-dia", quem sabe talvez um "dormiu bem?", ou talvez discoressemos sobre a existência, sobre as borboletas, sobre a vida. Quem sabe? Para esta pessoa não faz diferença. O que importa é estarmos juntos.

Procuro alguém que perde o sono por seus amigos. E fica em uma batalha incansável com a cama até que finalmente se levanta, não agüentando a terrível angústia e saudades. Procuro alguém que se questione de sua existência, reveja seus conceitos...por uma mera cara triste de alguém que ama. Procuro alguém que goste de viver todo dia, só pra ver o sorriso de seus amigos. Só pra escutar a risada de suas almas. Só pra poder ser útil quando nada mais parece dar certo.

Procura alguém que sempre tenha sempre. Procuro alguém que é sempre capaz de dar-me uma segunda chance, alguém que perdoa pecados irredimíveis, releva coisas irrelevavéis e exalta qualidades invisíveis.

Procuro alguém cujo coração bate mais forte, sofre de nervossísmo, a beira do delírio, quando faz uma ligação a um amigo. Alguém que se alivie só de escutar a sua voz. Alguém que ganhe o dia por um simples abraço, por um simples carinho.

Madrigal Melancólico
(Manuel Bandeira)
O que eu adoro em ti,
Não é tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é tua inteligência.
Não é teu espírito sútil,
Tão ágil, tão luminoso,
-Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e satisfaz.

O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.

O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.



Perdoai-me, também tenho meus momentos de fraqueza.
Paz Inverencial.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Carta do Cacique Seattle

Há mais de um século e meio, em 1855, o cacique Seattle, dos Suquamish, do Estado de Washington, costa Oeste dos Estados Unidos, enviou esta carta ao presidente Franklin Pierce, em resposta a uma oferta para compra do território indígena. As reflexões do líder Suquamish ainda têm uma surpreendente atualidade.

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. É uma atitude gentil da parte dele, pois sabemos que não necessita da nossa amizade. Vamos pensar na oferta. Sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e se apossará dela. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas: não perdem o brilho.

Mas como é possível comprar ou vender o céu, o calor da terra? É uma idéia estranha. Não somos donos da pureza do ar e do brilho da água. Como alguém pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada floco de neblina nas florestas escuras, cada clareira, todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é o mesmo que outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de esgotá-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem nenhum sentimento. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim porque o homem vermelho seria um selvagem que nada compreende.

Não há paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o som do desabrochar da folhagem na primavera, o zumbir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com perfume de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.

Se eu me decidir a aceitar a venda, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.

Nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Nossos guerreiros vergam sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos doces e bebidas ardentes. Não importa muito onde passaremos nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso povo.

Sabemos de uma coisa que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira do homem vermelho como do branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa que as outras raças. Continua sujando sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça. É o fim da vida e o começo da sobrevivência.

Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos que esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, que visões do futuro oferece para que possam tomar forma os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são desconhecidos para nós. E por serem desconhecidos, temos que escolher nosso próprio caminho. Se concordarmos com a venda é para garantir as reservas que foram prometidas. Lá talvez possamos viver nossos últimos dias. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem sobre as pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se vendermos nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca se esqueçam de como era a terra quando tomaram posse dela. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos e ama-a como Deus ama a todos nós. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino".



Creio que não necessito dar maiores palavras. Fico com as palavras do cacique.
Paz Inverencial.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Pilatos, pobre Pilatos


Uma vez caminhava um jovem estudante por algumas praias na China. Aquelas praias sofriam com a poluição, a sujeira e a ignorância do homem. Dessa maneira, haviam muitas conchas e estrelas-do-mar fora d'água. Por mais que ainda estivessem vivas, era questão de tempo até que fossem mortas pela desidratação. O jovem estudante avistou ao longe um monge que caminhava pela praia, carregando as estrelas-do-mar em suas mãos e lançando-as de volta ao mar. Sem compreender, o estudante se aproxima e pergunta:
-Por quê perdes seu tempo a arremesar as estrelas ao mar, se não serás capaz de salvar todas elas? Isso não fará diferença no final das contas.
O monge continou seu trabalho, respondendo:
-Para esta faz...
e arremesou uma estrela de volta ao mar.
-Para esta faz...
-Para esta faz...

Sempre inventamos desculpas e justificativas para nossa falta de dirigência. Critícamos e horrizamos o aquecimento global, até mesmo reconhecêmos que será possivelmente o nosso fim...e não fazemos nada para amenizâ-lo. Reclamamos do aquecimento global, mas em dias de temperatura agradável ligamos o ar-condicionado por mera comodidade.
Dizemos que o semelhante é preguiçoso, que é incapaz, que não se preocupa com o meio ambiente...mas somos incapazes de subir as escadas do nosso prédio, somos incapazes de deixar o carro na garagem e andar a pé.
Sempre esperamos que alguém vai fazer o trabalho por nós. Sempre dizemos que não seremos nós quem mudaremos o mundo. Sempre pensamos que o outro fará, o outro tem a obrigação, o outro tem a necessidade. Ou pensamos que nossos esforços serão em vão. Não surtirão efeito no mundo. Mas "para esta faz"...
O indívidou é reflexo da sociedade. Não adianta apontar o dedo à sociedade e culpá-la pelos nossos problemas. A organização social em si não corrompe ninguém. Formigas formam sociedades e não são corruptas, não são preguiçosas. Abelhas formam sociedades também e não sofrem deste male. "Como é no interior é no exterior", "Assim como é no micro é no macro".
Dizemos que os políticos brasileiros são corruptos. Mas somos incapazes de devolver o dinheiro de alguém que nos dê troco errado em uma transação comercial. Dizemos ser a corrupção um absurdo. Mas não hesitamos em oferecer suborno ao guarda rodiviário que aplicar-nos-a uma multa por excesso de velocidade. Dizemos ser errado ferir o semelhante. No entanto ferimos e matamos com palavras e gestos, piores que as próprias atitudes concretas em si.

Urge que mudemos a nós mesmos. Urge que percebamos: a sociedade não muda se você não mudar. O grande Kabir Jesus de Nazaré percebeu isso e mudou a si mesmo. Mudou-se internamente. Ele fez alguma diferença? Apenas dividiu a história ocidental em duas partes. Isso não é diferença o bastante?
Urge que deixemos de ser como Pilatos, paremos de justificar nossos erros, paremos de desejar que o próximo realize as nossas Obras. Devemos ser dirigêntes, devemos ter vontade, devemos ser guerreiros que lutam uma batalha sem fim por um mundo melhor.

Nosso Íntimo grita a nós que tomemos atitudes. Nosso Íntimo súplica que sejamos bons, justos, divinos. No entanto estamos cegos pelas vozes da cobiça, ira, luxúria, inveja, avareza, orgulho, gula e preguiça. Estamos dormindo o dia inteiro. Afundados em nossos problemas, em nossos infernos pessoais de problemas. Estamos tão cegos que não percebemos o mundo.
Precisamos vibrar minimamente no 48. No entanto vibramos em estados mais densos. Melhor seria que não levantássemos da cama até que reconhecessemos nosso adormecimento.

-"Em verdade, em verdade vos digo: mais fácil é um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus."
(V.M.Jesus de Nazaré)
-"Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, toma tua cruz e segue-me."
(V.M.Jesus de Nazaré)
-"De mil que me buscam, um me encontra. De mil que me encontram, um me segue. De mil que me seguem, um é meu."
(V.M Jesus de Nazaré).

Paz Inverencial.
Escutando: Era - Ameno

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Misticismo


Para onde foi a nossa mística?
Para onde foi o nosso espírito, nosso Pai Interno?

É lamentável, mas é urgente dizer que hoje nós não temos mística. Somos seres materiais, demasidamente terrenos. Vibramos no 96, quando deveríamos no mínimo vibrar no 48. Confiamos unica e exclusivamente no que podemos ver, ouvir, tocar, provar e cheirar. Confiamos na ciência oficial como sendo a verdade universal, irrefutável, irrebatível. Somos verdadeiros cegos que não enxergamos o buraco em que caímos.

Consulte o google e veja se estou equivocado. Digite a palavra "terra" e verá o que eu digo. Ao invés de websites tratando sobre o elemento terra, sobre os gnomos ou pigmeus, elementais da terra, ou mesmo sobre o próprio planeta Terra, temos em primeiro lugar, como a página mais importante e mais visitado o terra - provedor de internet.

Somos incapazes de escutar músicas de Beethoven e sentir a sua mensagem. Vamos assistir a orquestas como rôbos. Rôbos programados para se considerar erúditos. Rôbos programados para se consideram cultos, sábios, conhecedores da cultura vigente. Não vamos assistir as orquestras como quem vai sentir a música, quem se delicia com composições. E isso é triste, pois música clássica não apenas se escuta, se sente.

Adoramos músicas pesadas e violentas, quando muitas vezes não sentimos o efeito que estas causam no corpo. Nunca tentamos nos abster delas por um tempo. Nunca pensamos na sua verdadeira mensagem.

Hoje olhamos para o céu e não enxergamos o céu. Vemos apenas conceitos, teorias, hipóteses idéias. A maioria de nós desconhece o Japão, nunca visitou o país. No entanto discursamos sobre ele como se fosse uma verdade absoluta. Alguém para se perguntar se realmente existe o Japão? Se realmente existe a Europa? Alguém já se perguntou se não foi enganado pela ciência? Iludido pela mídia?

Entramos em uma floresta - um verdadeiro templo da natureza - como se estivessemos entrando em um shopping center: sem nenhum respeito. Não temos idéia de quanto energia, de quanto vida, de quantas maravilhas existem naquele. Pois repito: entramos como rôbos, como máquinas.

Meu professor de educação física uma vez disse que somos como máquinas, máquinas humanas. Ele não se equivoca nem um pouco.

Poucos vão ler este texto até aqui. Muitos me acharão louco, equivocado. Alguns poucos vão concordar comigo. Talvez um ou dois realmente me entenda.

Paz Inverencial.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Lembranças de algum outono

Lembra você meu amigo de algum outono?




Ah, como se aqui no Brasil houvessem outonos...me desculpem os estrangeiros. Mas outonos existem. Mesmo que não sejam estações do ano, e sim estações da alma.




Era aquele campo com folhas amareladas, o qual o vento percorria livre como uma donzela a valsar em um magnífico baile. A folhagem obedecia a passagem do vento como um súbito obedece a um rei.




Algumas árvores com folhas amareladas preenchiam de relance a paisagem, dando ao lugar um aspecto mais hermético, sem no entanto ser um campo sufocante e fechado.




Pedras se espalhavam pelo canto. Talvez esperando que alguém resolvesse criar algum tipo de brincadeira. Talvez esperando que algum pulasse de pedra em pedra. Talvez apenas ali descansando de toda a vileza do mundo. Ali a alma se expandia. Ali o Sol se abria.




O Sol era daquele final de tarde...parecido com aquele que enxergamos quando voltamos do cinema com a família, ou ainda aquele Sol que vemos quando lembramos que existe um mundo lá fora e saímos do nosso quarto para olhar o céu. As nuvens que cobriam o Sol de relance criavam uma espécie de mosáico luminoso, visão difícil de descrever por palavras, mas fácil de se entender pelo coração.




No meio desse campo existia uma pequena colina. No alto, junto com alguns arbutos e árvores uma pequena mesa. Na qual sentavam dois garotos.




Um tinha cabelos castanhos, olhos cor de mel e um sorisso capaz de comover reis. O outro tinha a aparência do sentimento, os cabelos da cor do amar, os olhos que chamam sem falar.




O segundo menino disse timidamente:


-Lembra de quando brincávamos livremente nesse campo da aurora ao alvorecer? Tomavámos banho de cachoeira, andávamos de bicicleta, venerávamos o mesmo Deus? Ríamos das mesmas inocências, choramos um a dor do outro, abraçávamos por carinho. Brincávamos como irmãos.




O primeiro:


-Desculpa, não me lembro. Tudo isso aconteceu em apenas um ano? Nos conhecemos no ano passado...




-Achei que não lembraria...


disse o segundo enquanto uma tímida lágrima escapava do rosto.




-Não compreendo, acaso queres que eu conjure memórias que não aconteceram?


Pergunta confuso o primeiro.




-Isso aconteceu sim meu amigo...talvez em alguma outra estação...talvez sob algum outro olhar.




E os dois se abraçaram.


O vento acariciava.


O Sol sorria.


O texto acabava.




"Existem pessoas que fazem do Sol uma simples mancha amarela. Mas existem pessoas que fazem de uma simples mancha amarela, um Sol." - Pablo Picasso




"Existem duas formas de se viver a vida: uma é como se não existissem milagres. A outra é sabendo que tudo na vida é um milagre." - Albert Einstein




"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas sim na intensidade em que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." - Fernando Pessoa.




Paz Inverencial.


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Soneto ao Zero

Aonde devo assinalar o zero?
Seria para sua prova matemática?
Ou ao preço de se educar que é muito caro
Pois a mente é dinâmica, não estática.

Para onde deveria ir o zero?
Destinado à sua prova de Física?
Ou o homem ainda acha que é mítica
a sua mania de lero-lero?

Talvez o zero deva se mudar
Uma prova de química procurar?
Ou talvez ele simplesmente precise

Que escutem, pensem, reflitam
que o zero não é mero reflexo da burrice
O zero é um nada, um nada triste.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O Fogo

Não escrevo para os frios.




Minhas linhas são para quem sente, não para quem pensa sentir. Minhas linhas podem até ser para os ignorantes, mas nunca àqueles que ignoram que ignoram. "Escrevo como quem escreve sangue". A mim entendem aqueles que vivem, aqueles que buscam sentir, vivenciar, experimentar, viver de instante a instante.




Como pensa o humanóide intelectual equivocadamente chamado homem que nasce de teorias? Nada nasce de teorias. Nada nasce de idéias.




Nossa mente é falha. A mente não só não entende, como também não entende que não entende.




Consegue você imaginar um cubo com 4 dimensões? Consegue vêr um cubo com 4 dimensões? Então como nossa mente, que nem mesmo consegue imaginar algo com 4 dimensões irá entender o que é a felicidade? Como nossa mente irá entender o que é Amor?




"Amor é vida que palpita em cada átomo, assim como palpita em cada Sol". V.M. Samael Aun Weor;


"Um homem não morre quando deixa de viver, morre quando deixa de amar". Charles Chaplin.


INRI - O FOGO RENOVA INCESANTEMENTE A NATURA - Ignis Natura Renovatur Integra;




Era uma jovem clareira na floresta. As árvores formavam uma majestoso círculo, como a convidar que os astros regentes a fazer uma visita. Elas eram majestosas, mais imponentes que qualquer rei, terrivelmente divinas e antigas. Por elas corria a seiva de séculas. Por elas anos eram segundos. Verdadeiros Universos que tomavam a forma de planta.




No meio dessa clareira existia uma fogueira. Uma fogueira feita por mãos humanas. Em volta dessa clareira haviam pedras. Algumas colocadas ali pelos mesmos humanos, outras pelo capricho da mãe natureza. Devemos nos perguntar: não deveria ser também o ser humano um capricho da natureza? Não deveriamos ser Uno? Ah...nossos 96 fragmentos, havemos de unificá-los.




A parte de toda a gama de seres que transitam por essa clareira, existia um menino e sua mãe.




A mãe olhava o fogo e via uma intensa energia luminosa, que providenciava luz e calor para ela e seu filho. Aquele fogo não permitia que seu filho passasse frio. Aquele fogo permitia que ele se mantesse alimentado. Aquele fogo garantia sua segurança.




A criança olhava o fogo.


E olhava a mãe.




Silêncio.




Subitamente, o menino disse:


-O Fogo brilha como o Sol magnífico do meio dia. Suas ondulações hipnotizam e trazem um elevado estado de ser. Perante o fogo, qualquer medo se reduz a poeira cósmica. Perante o fogo nada somos senão erros. Perante o fogo divino nos ajoelhamos. No fogo se forja a chave ao Éden. No fogo fabricamos a Alma.




A mãe sem entender pergunta:


-Você enxerga tudo isso em uma fogueira como aquela?




O menino também sem entender:


-Eu estava a falar de você.




Ah do que seríamos feitos se não houvesse o fogo? Do que seríamos sem o Espírito Santo, sem Osíris? Devemos nos encantar a cada acender de uma vela, assim como toda erupção vulcânica.




Mas devemos saber controlar o fogo. Ser uno com o fogo. E não nos deixar tomar por seu aspecto negativo.




Não devemos desperdiçar energia com a Ira. Não devemos ter descontrole com a raiva, com a inveja, com o orgulho. Isso é ter o fogo interno em desarmonia. Isso é cometer violência contra o Espírito Santo.




Paz Inverencial.




sábado, 8 de dezembro de 2007

A Súplica

De repente parou.


Parou e viu que não via. Percebeu que na verdade nada percebia. Fernanda olhou a sua volta e pela primeira vez na vida notou: sou um ser vivo, estou viva, eu existo. O mundo se abriu como um estranho leque a sua volta, como se cada pequeno canto da realidade aparecesse e lhe tirasse o chapéu fazendo uma reverência. E as cores vibravam como dançarinas em um alegre ballèt, cada fóton de luz era como uma verdadeira obra de arte sul-realista. Respirou o ar que jamais percebeu respirar: pela primeira vez percebeu o movimento de seus pulmões.


Caminhou, sabendo pela primeira vez que caminhava, que colocava um pé após o outro e se deslocava. Cada árvore da floresta noturna parecia mais magnífica que toda torre de marfim idealizada pelo mais nobre poeta. Cada ser que no chão rastejava era parte dela, era para ela um grande Amor.


Ela percebeu um pássaro que voava. Mas ela não apenas percebeu o pássaro. Ela era o próprio pássaro que voava. Ela era a gota de água que cai no oceano, se tornando o próprio oceano.


Então olhou as estrelas...e chorou. Chorou não de tristeza por não poder voar as estrelas. Não chorou por não ser magnífica, ou não ter os olhos brilhantes como elas. Ou ainda invejando a divindade delas. Chorou porque sabia que não as via. Chorou porque sabia que nunca em sua vida verdadeiramente viu uma estrela. Isso não porque as estrelas encontram-se a anos-luz da Terra. Mas sim porque dormiu por toda a sua vida. Todos os dias de sua vida saiu de sua casa e olhou o céu...mas não como um ser humano, como um rôbo que é programado para sair exatamente às 20:00 e olhar o céu. Depois é programado para que diga: "que coisa linda.".


De fato, Fernanda percebeu que não sabia ver sem julgar. Tudo que avistava sua mente julgava. Seja com algum filosofia de algum filósofo que tinha lido, seja com algum poema de algum escritor, ou simplesmente com o julgamente típico: essa árvore é bonita, aquela árvore é feia. Mas ela nunca olhou para algo sem julgar. Olhar por olhar. Ouvir por ouvir. Sentir por sentir. Amar por amor.


Com tristeza notou que aquela terrivel névoa que cobriu seu olhar por todos os dias da sua vida; talvez em sua remota infância ela não existisse, estava voltando, nublando novamente a sua vista, impedindo-a de ver as coisas como são de fato. E com tristeza mirou-se em um lago.


A lua bela como o demônio, mas sem a sua malidicência.


Com espanto percebeu que mirava seu próprio reflexo. E viu um tigre, um macaco, um leão, um pássaro, uma águia. E viu uma espantosa massa negra que a tudo cegava, que a tudo escravizava e dominava.


Fernanda despiu-se, mas dessa vez percebendo que se despia. E banhou-se em água e luz. Banhou-se como quem lava a alma, como quem expressa a alma.


E saiu do lago conforme a realidade se curvava, abria os braços para recebê-la, e ela quase escutou sua voz que dizia: "minha filha".


E conforme mirava novamente a Lua, sabia que dessa vez olhava para Lua. Sabia que dessa vez olhava as estrelas. Sabia que dessa vez havia despertado a Serpente.


Sabia que "Sou a chama que arde em cada grão de areia, assim como queima no coração de cada estrela".


E assim foi finalmente feliz. Assim foi verdadeiramente livre. Assim foi verdadeiramente uma Mestra.


Paz Inverencial.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O Acaso

Alguém alguma vez já parou para se perguntar o que de fato é o acaso? Na verdade muita gente já deve algum dia de sua vida ter parado e pensado: o que diabos é a sorte ou o azar? Ela existe mesmo? Ou será apenas Destino?

Se o que existisse fosse Destino, a libertade não existiria, logo o livre-arbitrío seria nulo. Nesse caso qual a utilidade em se viver? Não, o livre-arbitrío existe. Logo sabemos: o Destino não é inexorável, o destino é uma hipótese. Talvez uma hipótese com alta probabilidade de acontecer, mas ainda sim, uma hipótese.

Me recordo agora de uma passagem do filme "Matrix: Reloaded" (Irmãos Wakashi) no qual o Oráculo pergunta ao personagem Neo: "Aceita uma balinha?". Neo pensa um pouco e responde: "Você já sabe se vou aceitar?". Por sua vez o Oráculo responde: "Que tipo de Oráculo eu seria se não soubesse?". Neo: "Mas se você já sabe, como posso escolher?". E o Oráculo concluí: "Porque você não esta aqui para fazer uma escolha, você já a fez, você esta aqui para entender porque você fez esta escolha.".

Posso citar outro exemplo, do livro Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien). Era destino que o Um anel chegasse até a mão do hobbit Frodo. Mas não era destino que ele o levasse até Mordor no intento de destruí-lo. Ele poderia guardar o anel consigo, doá-lo para alguém, joga-lo no mar, entre muitas possibilidades. Mas ele optou por destruir o anel na Montanha da Perdição. A partir dessa escolha toda uma série de eventos foi determinada, tanto pelo acaso quanto pelo destino.

O Acaso e o Destino são dois irmãos que se completam. Um inicia e o outro finaliza.
Mas ainda não respondemos o principal: o que seria o Acaso?

Por estranho que pareça, eu cheguei a essa conclusão por Acaso. Estava eu caminhando na rua voltando para minha casa quando avisto uma árvore e várias folhas esparramadas no chão. E então me pergunto: o que faz com que essas folhas caiam nessa exata disposição que estão no chão agora, e não em outra completamente diferente? Minha resposta imediata foi: o acaso. Mas então percebi que eu não sabia o que seria o acaso. E começei a filosofar.

Pensei: o que faz com que as folhas caiam? A gravidade aliada ao vento. Mas o que faz com que elas caiam em lugares diferentes? Seria o vento e a disposição que elas se encontram na própria árvore. Pensei então que se as folhas nascessem todas uma em cima da outra e não houvesse vento, elas caíriam no mesmo lugar. Exceto se o monte de folhas progredisse muito em tamanho, a ponto das folhas tombarem. Então pensei: o que faz as folhas crescerem? É a progressão da vida da árvore, conforme ela vai crescendo novas folhas vão nascendo em lugares distintos. O que gera o vento? Uma progressão de pressão em determinado ponto que gera um deslocamento da massa de ar. Daí pude concluir: o desenvolvimento gera o acaso, ou ainda: "O Acaso é o desenvolver do progresso.".

De fato, pensemos: o que gera a chance de você ser assaltado na rua? O progresso da população urbana, o progresso do desemprego, o progresso da pobreza. O que gera a chance de você tropeçar e cair? O progresso do seu caminho em direção ao lugar que você deseja chegar. Assim, em todo lugar que há progresso, existe o acaso, existe o impensado ou surpreendente. A lei de Murph: quando você planeja algo e encontra três maneiras de seu plano fracassar e você contorna as três, uma quarta maneira surge de repente, apesar de cômico tem fundamento, pois seu plano é um progresso, que vai gerar um acaso, seja ele positivo ou negativo.

Muitos podem pensar: mas qual o progresso em uma jogada de dados? Ou qual o progresso na compra de uma carta de baralho? Existe aí tanto o progresso da queda do dado quanto o progresso da própria psiquê da pessoa que lançou o dado. A sua mente influi no resultado de um sacar de cartas tanto quanto um lançamento de dados. Pena que não posso ser menos abstrato nesse ponto.

Agora retornemos ao ponto inicial: quando há destino não há acaso, não há livre-arbítrio. A menos é claro, que um inicie e o outro termine. Um apresente a situação e o outro determine o resultado. Falando mais claramente: um é a causa, o outro, a conseqüência. Logo, quando há destino não temos um progresso, ficamos estagnados.

Para que haja progresso em alguma coisa, não podemos seguir o que já esta traçado, o que já esta definido. Temos que inovar. Foi dito uma vez que os grandes gênios não tiveram medo de arriscar. Essa sentença tem certo fundamento.

Por outro lado, qual a grande necessidade em se progredir?

Essa nossa raça humana é uma coisa estranha...francamente.
Mas isso eu deixo para alguma outra postagem.
Paz Inverencial.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ode ao Psiquê-Poético

(Dedicado ao “Pessoa na pessoa” de cada um de nós)
Se de minha cabeça não tivesse saído
ler-te-ia com olhar maravilhado,
O leitor que tivesse lido mentes
desfrutar-se-ia de uma obra ainda semente...

Se quando tivesse surgido, ali ficasse
reter-te-ia toda a tua pureza,
Ser-te-ia como a sutileza
isso se antes alguém não lhe findasse...

O alvo psiquê-poético
é como uma centelha divina
do qual tem o rei nobre e o patético.

Ah! Se não se desvanecesse tão fácil
de quantas poesias não teria
poupada a vida assim, hábil...
Paz Inverencial.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O Homem e a Mulher

"O homem é a mais elevada das criaturas; a mulher o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher, um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda; o Amor ressucita.
O homem é forte pela razão; a mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence; as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência.
A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
O homem é um código; a mulher, um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher, um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos; ante o sacrário nos ajoelhamos.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu."
Victor Hugo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Não sei.

Um grande amigo e eu estamos dialogando um dia desses. Qual o problema em dizer "não sei"? Com o advento da tecnologia, da globalização e dos meios de informação, a sentença "não sei" caiu em anacrônismo, tornou-se obsoleta. A maioria das pessoas hoje têm informações por mais superficiais que sejam de vários assuntos, ou melhor dizendo, pensam ter boas informações sobre os mais variados assuntos. Não estamos mais interessados em escutar, estamos interessados em expôr o que sabemos.


O que seria o diálogo? Não seria a troca de informações? A troca de conhecimentos? Que dizer da discussão? Seria o mesmo que o diálogo? De certa forma sim. Mas podemos apontar aqui uma distinção, pelo menos para fins deste texto:


Diálogo - Consiste na comunicação de maneira a trocar opiniões e com base nisto construir conhecimento;


Discussão - Embate no qual os participantes estão interessados meramente em expor que a sua opinião é a opinião "verdadeira" e todos os demais estão equivocados. A sua opinião é a máxima, imperneável. As opiniões dos demais devem no mínimo serem aperfeiçoados para que possam ser válidas.


Urge que deixemos de discutir e passemos a dialogar. Dizer "não sei" hoje em dia é motivo de escândalo. Quantos namoros já foram terminados com um simples "não sei"? Não sei onde estive ontem a noite, não sei se estou pronto (a) para uma relação sexual, não sei se realmente tenho amor por você, não sei é hora apropriada para isso. Mas "não sei" no momento certo é a resposta de um sábio. É tão mal calar quando se deve falar quanto falar quando se deve calar. "Não sei" é a resposta sem erro, presumindo que você não conheça o assunto de fato.


Antônio Ermílio de Morais, um dos empresários mais bem sucedidos do país tem para isto uma parábola interessante:


Quando se pergunta "hoje vai chover?" é possível determinar a sua profissão pela sua resposta. "É provável" indica uma pessoa da área de econômicas, adoram probabilidades, números especulações. "Fez calor, acho que sim" indica uma pessoa no ramo da física, conhecedora dos fenômenos da natureza. "Se o céu escurecer sim" indica uma pessoa no ramo matemática, trabalhadora de condicionais, variáveis, equações entre outros. "Se Deus quiser sim", provavelmente uma pessoa religiosa, do ramo teosófico. "Não sei" indica um profissional bem-sucedido em qualquer área. Uma pessoa que admite não conhecer, além de demonstrar humildade, não passa informações incorretas que fariam um mal muito maior do que o desconhecer dele. Poupa assim a todos de informações erradas, evitando transtornos e agilizando qualquer empresa ou qualquer pesquisa científica.


Mas o problema é que nós não queremos escutar, não queremos dialogar, queremos discutir. Queremos que todos sejam como nós. Como queremos que todos sejam como nós se nós não somos únicos, somos múltiplos? Ora queremos emagrecer e nos empenhamos para isso, ora não queremos mais. Ora queremos estudar para mostrar-nos cultos, ora não queremos mais. Ora amamos uma mulher ou homem e no instante seguinte traímos aquele ente a quem juramos amor eterno de joelhos.


Como queremos Iluminar alguém se somos tão adormecidos e cegos como ele? A Revolução tenque partir primeiro de você mesmo. A sociedade é reflexo do indivíduo, é urgente que tornemo-nos cientes disso.


Não tenha medo jamais de dizer não sei. Não tenho medo de admitir um erro. Não tenho medo de pedir auxílio. Tenha medo de se tornar cego pelo orgulho. Tenha medo de esquecer que não somos perfeitos ainda. Tenha medo de não perceber que se esta adormecido.


Paz Inverencial.