sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Misticismo


Para onde foi a nossa mística?
Para onde foi o nosso espírito, nosso Pai Interno?

É lamentável, mas é urgente dizer que hoje nós não temos mística. Somos seres materiais, demasidamente terrenos. Vibramos no 96, quando deveríamos no mínimo vibrar no 48. Confiamos unica e exclusivamente no que podemos ver, ouvir, tocar, provar e cheirar. Confiamos na ciência oficial como sendo a verdade universal, irrefutável, irrebatível. Somos verdadeiros cegos que não enxergamos o buraco em que caímos.

Consulte o google e veja se estou equivocado. Digite a palavra "terra" e verá o que eu digo. Ao invés de websites tratando sobre o elemento terra, sobre os gnomos ou pigmeus, elementais da terra, ou mesmo sobre o próprio planeta Terra, temos em primeiro lugar, como a página mais importante e mais visitado o terra - provedor de internet.

Somos incapazes de escutar músicas de Beethoven e sentir a sua mensagem. Vamos assistir a orquestas como rôbos. Rôbos programados para se considerar erúditos. Rôbos programados para se consideram cultos, sábios, conhecedores da cultura vigente. Não vamos assistir as orquestras como quem vai sentir a música, quem se delicia com composições. E isso é triste, pois música clássica não apenas se escuta, se sente.

Adoramos músicas pesadas e violentas, quando muitas vezes não sentimos o efeito que estas causam no corpo. Nunca tentamos nos abster delas por um tempo. Nunca pensamos na sua verdadeira mensagem.

Hoje olhamos para o céu e não enxergamos o céu. Vemos apenas conceitos, teorias, hipóteses idéias. A maioria de nós desconhece o Japão, nunca visitou o país. No entanto discursamos sobre ele como se fosse uma verdade absoluta. Alguém para se perguntar se realmente existe o Japão? Se realmente existe a Europa? Alguém já se perguntou se não foi enganado pela ciência? Iludido pela mídia?

Entramos em uma floresta - um verdadeiro templo da natureza - como se estivessemos entrando em um shopping center: sem nenhum respeito. Não temos idéia de quanto energia, de quanto vida, de quantas maravilhas existem naquele. Pois repito: entramos como rôbos, como máquinas.

Meu professor de educação física uma vez disse que somos como máquinas, máquinas humanas. Ele não se equivoca nem um pouco.

Poucos vão ler este texto até aqui. Muitos me acharão louco, equivocado. Alguns poucos vão concordar comigo. Talvez um ou dois realmente me entenda.

Paz Inverencial.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é... Infelizmente estamos vivenciando um mundo puramente materialista atualmente, muito se fala, pouco se aprecia. Apesar da lógica ser nosso instrumento de adaptação e sobrevivência, eu sempre categorizei a arte como uma necessidade intrínseca da psiquê humana. Na minha opinião, Espiritualidade nada mais é que uma expressão artística, e pode ter resultados muito belos. Mas se essa necessidade for suprimida e/ou banalizada (como é nos dias de hoje), irá ter resultados prejudiciais a sociedade, pois as pessoas irão parar de apreciar a arte e expressar sua liberdade, para criar uma outra realidade, como um refúgio, e sua visão de mundo irá se deturpar, fazendo com que se ache no direito de impôr sua "realidade" naqueles que sequer a podem ver. Tudo o que temos no mundo, que não é ciência, que não é razão, é arte. A arte foi o escape que encontramos para que não nos tranformássemos, como você colocou propriamente, em robôs. Um mundo sem arte é um mundo doente e calado, é um mundo que morre em silêncio. Como fruto da necessidade artística mal desenvolvida, temos uma sociedade em que cada um se apega ao máximo ao seu refúgio intelectual e não consegue ver que há uma ponte agradável e tranquila entre essa arte e o mundo lógico.

Obs.: Até tive que digitar duas palavras-chave para poder enviar essa mensagem, e acima delas dizia "prove que você não é um robô". O.o ^^