segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O Fogo

Não escrevo para os frios.




Minhas linhas são para quem sente, não para quem pensa sentir. Minhas linhas podem até ser para os ignorantes, mas nunca àqueles que ignoram que ignoram. "Escrevo como quem escreve sangue". A mim entendem aqueles que vivem, aqueles que buscam sentir, vivenciar, experimentar, viver de instante a instante.




Como pensa o humanóide intelectual equivocadamente chamado homem que nasce de teorias? Nada nasce de teorias. Nada nasce de idéias.




Nossa mente é falha. A mente não só não entende, como também não entende que não entende.




Consegue você imaginar um cubo com 4 dimensões? Consegue vêr um cubo com 4 dimensões? Então como nossa mente, que nem mesmo consegue imaginar algo com 4 dimensões irá entender o que é a felicidade? Como nossa mente irá entender o que é Amor?




"Amor é vida que palpita em cada átomo, assim como palpita em cada Sol". V.M. Samael Aun Weor;


"Um homem não morre quando deixa de viver, morre quando deixa de amar". Charles Chaplin.


INRI - O FOGO RENOVA INCESANTEMENTE A NATURA - Ignis Natura Renovatur Integra;




Era uma jovem clareira na floresta. As árvores formavam uma majestoso círculo, como a convidar que os astros regentes a fazer uma visita. Elas eram majestosas, mais imponentes que qualquer rei, terrivelmente divinas e antigas. Por elas corria a seiva de séculas. Por elas anos eram segundos. Verdadeiros Universos que tomavam a forma de planta.




No meio dessa clareira existia uma fogueira. Uma fogueira feita por mãos humanas. Em volta dessa clareira haviam pedras. Algumas colocadas ali pelos mesmos humanos, outras pelo capricho da mãe natureza. Devemos nos perguntar: não deveria ser também o ser humano um capricho da natureza? Não deveriamos ser Uno? Ah...nossos 96 fragmentos, havemos de unificá-los.




A parte de toda a gama de seres que transitam por essa clareira, existia um menino e sua mãe.




A mãe olhava o fogo e via uma intensa energia luminosa, que providenciava luz e calor para ela e seu filho. Aquele fogo não permitia que seu filho passasse frio. Aquele fogo permitia que ele se mantesse alimentado. Aquele fogo garantia sua segurança.




A criança olhava o fogo.


E olhava a mãe.




Silêncio.




Subitamente, o menino disse:


-O Fogo brilha como o Sol magnífico do meio dia. Suas ondulações hipnotizam e trazem um elevado estado de ser. Perante o fogo, qualquer medo se reduz a poeira cósmica. Perante o fogo nada somos senão erros. Perante o fogo divino nos ajoelhamos. No fogo se forja a chave ao Éden. No fogo fabricamos a Alma.




A mãe sem entender pergunta:


-Você enxerga tudo isso em uma fogueira como aquela?




O menino também sem entender:


-Eu estava a falar de você.




Ah do que seríamos feitos se não houvesse o fogo? Do que seríamos sem o Espírito Santo, sem Osíris? Devemos nos encantar a cada acender de uma vela, assim como toda erupção vulcânica.




Mas devemos saber controlar o fogo. Ser uno com o fogo. E não nos deixar tomar por seu aspecto negativo.




Não devemos desperdiçar energia com a Ira. Não devemos ter descontrole com a raiva, com a inveja, com o orgulho. Isso é ter o fogo interno em desarmonia. Isso é cometer violência contra o Espírito Santo.




Paz Inverencial.




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